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sexta-feira, setembro 29, 2006

Foda-se (por Millor Fernandes)

Foda-se por Millor Fernandes

(adaptado)
O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela diz.
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?
O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma
pessoa melhor.
Reorganiza as coisas. Liberta-me.
"Não quer sair comigo?! - então, foda-se!"
"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então,
foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos
extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade que "comó caralho"?
"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão
matemática.

A Via Láctea tem estrelas comó caralho!
O Sol está quente comó caralho!
O universo é antigo comó caralho!
Eu gosto do meu clube comó caralho!
O gajo é parvo comó caralho! Entendes?
No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".
Nem o "Não, não e não!" e tão pouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem.
O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto.
Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades
de maior interesse na tua vida.
Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência.
Solta logo um definitivo:
"Huguinho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!".
O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema, e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)
Há outros palavrões igualmente clássicos.
Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seu correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba.
Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito
assim, põe-te outra vez nos eixos.
Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça.
E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"?
Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta:
"Chega! Vai levar no olho do cu!"?

Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima.
Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!".
Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando estás a sem documentos do carro, sem carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!"
Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nada funciona, o desemprego não baixa, os impostos são altos, a saúde, a educação e … a justiça são de baixa qualidade, os empresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil e em pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para a desejada reforma tem que aumentar … tu pensas “Já me fodi!”
Então:
Liberdade,
Igualdade,
Fraternidade
e
foda-se!!!
Mas não desespere:
Este país … ainda vai ser “um país do caralho!”
Atente no que lhe digo!

terça-feira, julho 11, 2006

Sutiã que aquece?


A fábrica de lingerie Triumph vai lançar no Japão um sutiã que aquece os peitos às suas utilizadoras. Segundo a empresa, além de ajudar a enfrentar o Inverno, a peça vai colaborar com a luta contra o aquecimento global.
O novo sutiã tem um enchimento feito à base de gel que pode ser facilmente aquecido no microondas ou com uma garrafa de água quente.
A população japonesa tem sido aconselhada a não elevar a temperatura dos seus aquecedores acima de 20ºC, para reduzir o consumo de combustível e minimizar os danos no meio ambiente. O fabricante acredita que, com o sutiã, muitas mulheres nem precisarão dos aquecedores.
A empresa espera que o novo produto caia no gosto das japonesas, apesar de, por razões óbvias, ser mais volumoso que os sutiãs normais.
"Esperamos que isso não apenas ajude a evitar o aquecimento global, mas que também deixe mais chique o ambiente de trabalho", disse a Triumph em comunicado.
As vendas ainda não começaram - por enquanto, o sutiã que aquece tem sido apresentado apenas como um protótipo.
As alças do novo sutiã são recobertas por um material macio que imita a lã e podem ser enroladas no pescoço como se fossem um cachecol. O novo sutiã, que é produzido apenas na cor branca, tem como adorno na frente um pingente em formato de pimenta malagueta.

Fonte: Gargalhadas.IOL.PT

Abatanado e afins


Uma coisa que me faz realmente confusão, é a capacidade que nós, portugueses, temos para denominar a mesma coisa de inúmeras formas diferentes.
Um bom exemplo é o café.
Assim temos:
No Porto – CIMBALINO

Em Lisboa – BICA

No resto do país – CAFÉ

Até aqui menos mal, pior são as variantes:

“Olhe, faz favor, era um GAROTO.”(Lisboa)

Um garoto?! Mas o que vem a ser isto? Um garoto é até perigosos de pedir nos dias que correm, e para além disso um garoto é uma criança e que eu saiba uma criança não se bebe, certo? Porque não pedir um café com leite?

Mas há mais:

“Era um PINGO, se faz fabor”(Porto)

Um pingo?!, um pingo de quê carago?
O pingo que eu conheço é no nariz e quando estou constipado!

Outra:

“Por favor queria uma CEVADA”

Uma cevada? O que é isto pá? Afinal o senhor sabe onde é que está? Estamos num café, ouviu bem, num CAFÉ! Como o nome indica servimos café e café não é cevada.

Depois ainda temos um clássico:

“O senhor fazia o favor era uma italiana”

Mas italiana porquê? As italianas são pequenas? E as portuguesas?, são grandes querem ver?
Por uma questão de nacionalismo, sugiro a abolição da Italiana (não que elas me desagradem, se é que me entendem?!), em sua substituição porque não passar a pedir uma Maria Vieira? (esta sim realmente pequena em tamanho, mas grande em talento).

Isto remete-me para outra variante:

“Queria uma bica cheia.”

Ou pior,

“Queria uma bicha cheia, pingada e em chávena fria”

?! Não sei se estão a ver bem o filme, se fosse eu o empregado sei bem o que é que estes gajos bebiam.

Para o fim deixei a última novidade,

O ABATANADO

Este tema para mim é muito sensível, não sei porquê mas cheira-me a bicheza e desse tipo de variantes eu quero é distância.

A pala destas cenas é que um Inglês meu amigo dizia:

“Vocês em Portugal falar muito complicada.
Nós em Inglaterra dizer:
Far e Very Far
Vocês em Portugal dizer:
Longe
Muito Longe
Casco de rolha e
Casa do Caralha”

Vai lá vai, e ainda se esqueceu da “Vagina da mãe street.”

Tenho dito (Mai nada)

segunda-feira, julho 10, 2006

Mundial VI


O Mundial chegou ao fim, a Itália foi a grande vencedora e Portugal alcançou aquilo, que para mim, foi um brilhante 4º lugar.

Perdemos para a Alemanha a hipótese do 3º lugar, mas esse é aquele jogo que ninguém quer jogar e que muito dificilmente é motivante para quem sonhava em ser campeão.

Por fim, quero partilhar convosco a enorme alegria que vivi ontem com o facto de a França não ter sido campeã e com a expulsão do Zidane. Fiquei contente, o que é que querem eu sei que não é bonito, mas fiquei muuuuuito contente. O Domenech não merecia mais que perder, arrogante como ele é…

Daqui a quatro anos há mais.

Força Portugal