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quinta-feira, março 30, 2006

Assim Vai Portugal


Mais um retrato deste país recebido por mail.

"Penso que vale a pena ler.
Devagarinho e, não tudo de uma vez.
Pode ser um pouco violento para alguns....


Serão os politicos os únicos malandros? Não, 9 em cada 10 aposentados com mais de 5.000 euros mensais foram juízes!!!! Lista de Aposentados no ano de 2005 (Janeiro a Novembro) com pensões de luxo: visita http://www.cga.pt/publicacoes.asp?O=3
São os seguintes os valores em Euros:

Janeiro
Ministério da Justiça
5380.20 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
Março
Ministério da Justiça
7148.12 Procurador-Geral Adjunto Procuradoria-Geral República
5380.20 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5484.41 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
Empresas Públicas e Sociedades Anónimas
6082.48 Jurista 5 CTT Correios Portugal SA
Abril
Ministério da Justiça
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5338.40 Procuradora-Geral Adjunta Procuradoria-Geral República
Antigos Subscritores
6193.34 Professor Auxiliar Convidado
Maio
Ministério da Justiça
5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
5498.55 Procurador-Geral Adjunto Procuradoria-Geral República
5460.37 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
5338.40 Procuradora-Geral Adjunta Procuradoria-Geral República
5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
Junho
Ministério da Justiça
5663.51 Juiz Conselheiro Supremo Tribunal Administrativo
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
Julho
Ministério da Justiça
5182.91 Juiz Direito Conselho Superior Magistratura
5182.91 Procurador República Procuradoria-Geral República
5307.63 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5498.55 Procurador-Geral Adjunto Procuradoria-Geral República
Agosto
Ministério da Justiça
5173.46 Conservador Direcção Geral Registos Notariado
5173.46 Conservadora Direcção Geral Registos Notariado
5173.46 Conservador Direcção Geral Registos Notariado
5173.46 Notário Direcção Geral Registos Notariado
5173.46 Conservador Direcção Geral Registos Notariado
5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5043.12 Notária Direcção Geral Registos Notariado
5173.46 Conservador 1ª Classe Direcção Geral Registos Notariado
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5027.65 Conservador Direcção Geral Registos Notariado
5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5173.46 Conservador Direcção Geral Registos Notariado
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5173.46 Notário Direcção Geral Registos Notariado
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5159.57 Conservador Direcção Geral Registos Notariado
5173.46 Notária Direcção Geral Registos Notariado
5173.46 Ajudante Principal Direcção Geral Registos Notariado
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5173.46 Notário 1ª Classe Direcção Geral Registos Notariado
5173.46 Notária Direcção Geral Registos Notariado
Setembro
Ministério dos Negócios Estrangeiros
7284.78 Vice-Cônsul Principal Secretaria-Geral (Quadro Externo)
6758.68 Vice-Cônsul mdash; Secretaria-Geral (Quadro Externo)
Ministério da Justiça
5663.51 Juiz Conselheiro mdash; Conselho Superior Magistratura
5498.55 Juiz Desembargador mdash; Conselho Superior Magistratura
5498.55 Juiz Desembargador mdash; Conselho Superior Magistratura
Ministério da Educação
5103.95 Presidente Conselho Nacional Educação
Outubro
Ministério da Justiça
5498.55 Procurador-Geral Adjunto Procuradoria-Geral República
Novembro
Ministério dos Negócios Estrangeiros
7327.27 Técnica Especialista Secretaria-Geral (Quadro Externo)
Tribunal de Contas
5663.51 Presidente
Ministério da Justiça
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5663.51 Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
5498.55 Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
5015.16 Professor Coordenador Inst Superior Engenharia Lisboa


- Boas Vidas!!!


Nem tudo vai mal nesta nossa República ( Pelo menos para alguns)
Com as eleições legislativas de 20/Fevereiro, metade dos 230 deputados não foram eleitos. Os que saíram regressaram às suas anteriores actividades sem, contudo saírem tristes ou cabisbaixos. Quando terminam as funções, os deputados e governantes têm o direito, por Lei ( deles ) a um subsídio que dizem de reintegração (coitados, tem de voltar para esta selva que é a luta pelo pão de cada dia nos seus antigos lugares de administração ou de profissionais liberais tão mal pagos, como sabemos ) :
- um mês de salário (3.449 euros) por cada seis meses de Assembleia ou governo.


Desta maneira um deputado que o tenha sido durante um ano recebe dois salários (6.898 euros). Se o tiver sido durante 10 anos, recebe vinte salários ( 68.980 euros). Feitas as contas e os deputados que saíram, o Erário Público desembolsou mais de 2.500.000 euros!
No entanto, há ainda aqueles que têm direito a subvenções vitalícias ou pensões de reforma ( mesmo que não tenham 60 anos! ). Estas são atribuídas aos titulares de cargos políticos com mais de 12 anos.


Entre os ilustres reformados do Parlamento encontramos figuras como:
Almeida Santos......................... 4.400, euros;
Medeiros Ferreira....................... 2.800, euros;
Manuela Aguiar......................... 2.800, euros;
Pedro Roseta............................ 2.800, euros;
Helena Roseta........................... 2.800, euros;
Narana Coissoró . .................... 2.800, euros;
Álvaro Barreto........................... 3.500, euros;
Vieira de Castro........................ 2.800, euros;
Leonor Beleza . ........................ 2.200, euros;
Isabel Castro............................. 2.200, euros;
José Leitão................................ 2.400, euros;
Artur Penedos............................ 1.800, euros;
Bagão Félix............................... 1.800, euros.

( Veem? Tadinhos destes "desconhecidos", que se não fosse esta esmola estavam a comer na Mitra )


Quanto aos ilustres reintegrados , encontramos os seguintes:
Luís Filipe Pereira . 26.890, euros / 9 anos de serviço;
Sónia Fortuzinhos .... 62.000, euros / 9 anos e meio de serviço
Maria Santos . 62.000, euros /9 anos de serviço ;
Paulo Pedroso ........ 48.000, euros / 7 anos e meio de serviço (e ainda vamos ver se não vai receber indeminizações pelo processo C.P.)
David Justino ............ 38.000, euros / 5 anos e meio de serviço;
Ana Benavente . 62.000 , euros / 9 anos de serviço;
Mª Carmo Romão . 62.000, euros / 9 anos de serviço;
Luís Nobre Guedes ... 62.000 , euros / 9 anos e meio de serviço.
A maioria dos outros deputados que não regressaram estiveram lá somente na última legislatura, isto é, 3 anos, o suficiente para terem recebido cerca de 20.000, euros cada !


É ESTA A CLASSE POLÍTICA QUE TEM A LATA DE PEDIR SACRIFÍCIOS AOS PORTUGUESES PARA DEBELAR A CRISE..
MAS... HÁ MAIS !!!


APESAR de ter apenas 50 anos de idade e de gozar de plena saúde, o socialista Vasco Franco, número dois do PS na Câmara de Lisboa durante as presidências de Jorge Sampaio e de João Soares, está já reformado ! . A pensão mensal que lhe foi atribuída ascende a 3.035 euros (608 contos), um valor bastante acima do seu vencimento como vereador.
A generosidade estatal decorre da categoria com que foi aposentado - técnico superior de 1ª classe, segundo o «Diário da República» - apesar de as suas habilitações literárias se ficarem pelo antigo Curso Geral do Comércio, equivalente ao actual 9º ano de escolaridade.
A contagem do tempo de serviço de Vasco Franco é outro privilégio raro, num país que pondera elevar a idade de reforma para os 68 anos, para evitar a ruptura da Segurança Social.
O dirigente socialista entrou para os quadros do Ministério da Administração Interna em 1972, e dos 30 anos passados só ali cumpriu sete de dedicação exclusiva; três foram para o serviço militar e os restantes 20 na vereação da Câmara de Lisboa, doze dos quais a tempo inteiro. Vasco Franco diz que é tudo legal e que a lei o autoriza a contar a dobrar 10 dos 12 anos como vereador a tempo inteiro.
Triplicar o salário. Já depois de ter entregue o pedido de reforma, Vasco Franco foi convidado para administrador da Sanest, com um ordenado líquido de 4000 euros mensais (800 contos). Trata-se de uma sociedade de capitais públicos, comparticipada pelas Câmaras da Amadora, Cascais, Oeiras e Sintra e pela empresa Águas de Portugal, que gere o sistema de saneamento da Costa do Estoril. O convite partiu do reeleito presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, cuja mulher é secretária de Vasco Franco na Câmara de Lisboa. O contrato, iniciado em Abril, vigora por um período de 18 meses.
A acumulação de vencimentos foi autorizada pelo Governo mas, nos termos do acordo, o salário de administrador é reduzido em 50% - para 2000 euros - a partir de Julho, mês em que se inicia a reforma, disse ao EXPRESSO Vasco Franco.
Não se ficam, no entanto, por aqui os contributos da fazenda pública para o bolo salarial do dirigente socialista reformado. A somar aos mais de 5000 euros da reforma e do lugar de administrador, Vasco Franco recebe ainda mais 900 euros de outra reforma, por ter sido ferido em combate ( !? ) em Moçambique já depois do 25 de Abril (???????? Algum turra que não ouvia rádio nem lia jornais? ), e cerca de 250 euros em senhas de presença pela actuação como vereador sem pelouro.
Contas feitas, o novo reformado triplicou o salário que auferia no activo, ganhando agora mais de 1200 contos limpos. Além de carro, motorista, secretária, assessores e telemóvel.


É BOM QUE TODOS SAIBAM COMO SE GOVERNA QUEM NOS GOVERNA. MAS HÁ MUITO MAIS... É FARTAR VILANAGEM!"

Vampiros (CGD)


Recebi este texto por email, e por ser tão pertinente, tão actual e tão verdadeiro resolvi publicar. Espero que o seu autor não se importe.

"A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores - principescamente pagos - daquela instituição bancária.

A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em «oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços, incluindo no que respeita «a despesas de manutenção nas contas à ordem. As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre «racionalização e eficiência da gestão de contas, «estimado/a cliente» é confrontado com a informação de que, para «continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção», terá de ter em cada trimestre um «saldo médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à respectiva conta.

Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de €343,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio de €3,57 (três euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social.

Como se compreende, casos como este - e muitos são os portugueses
que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar «despesas de manutenção» de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria.

O mais escandaloso é que seja justamente uma instituição bancária
que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus
administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos.

É sem dúvida uma vergonha, como lhe chama o nosso leitor, mas as
palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade.

Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a
capa da democracia, em que até a esmola paga taxa.

Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de
decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso a quem se aplicam como uma luva as palavras sempre actuais dos «Vampiros» de Zeca Afonso: «Eles comem tudo/eles comem tudo/eles comem tudo e não deixam nada.»"

A pedido de várias famílias....

A pedido de várias famílias, fui obrigado a mudar o nome do post Broches e Punhetas para Alfinetes de Peito e Saladas de Bacalhau.
Este é apenas mais um exemplo da censura de que vos falei nesse post. Normalmente não sou sensível a tais pressões mas desta vez lá cedi.
Contudo, espero muito em breve abordar outra vez este tema, falando em particular dos vocábulos Paneleiro e Coito, que são a meu ver mais dois termos injustamente estigmatizados pela nossa sociedade.
pedido de várias familias, fui obrigado a mudar o nome do post Broches e Punhetas para Alfinetes de Peito e Saladas de Bacalhau.
Apenas mais um exemplo da

Alfinetes de Peito e Saladas de Bacalhau


Parece que, apesar de terem já passado mais de 30 anos sobre a revolução dos cravos, ainda se mantêm por aí alguns resquícios da censura, ou como alguns lhe gostam de chamar do famoso lápis azul.

Como exemplo desta censura vou vos falar de dois termos que praticamente se usam apenas no denominado calão, quando em boa verdade podem e devem ser usadas na linguagem normal sem ofender ninguém, uma vez que são vocábulos com significados completamente diferentes dos que a maioria das pessoas lhe associam.

Broche – Um bonito broche foi em tempos motivo de orgulho de muitas damas da nossa sociedade, aliás, poder ostentar um broche último grito, era algo de muito desejado. Muitas conversas de mesa de café ou dos salões de chá versavam sobre os broches de cada uma das participantes, ou inclusive sobre a inveja que o broche da vizinha provocava. Mas ainda vos digo mais, o broche não é um exclusivo feminino, existem também algumas versões masculinas como por exemplo os Broches para Guardas de Segurança à venda na Internet, cá pelo burgo ainda iriam pensar que seria alguma promoção em Bragança (ver http://www.metalearte.com.br/broches.htm).
Imaginem agora entrar num qualquer café em Lisboa e ouvir duas damas a comentar que o seu broche é melhor mais elaborado ou mais delicado?! Então se tiverem sotaque castelhano tou mesmo a ver o filme – “Oh si carinho, non tengas dúbida o mio broche é muito mais caro que o teu.” Quer dizer, vai lá vai…

Punheta – Uma punheta é algo que pode também dar muito prazer, quer a homens quer a mulheres. De facto uma punheta bem feita, é um prato que muitos portugueses e portuguesas não dispensam, para além de saboroso é também, segundo os especialistas, afrodisíaco. Para além disso o acto de fazer a punheta é por si só um ritual. Sentir nas mãos a humidade e a textura suave mas firme do fiel amigo é algo que pode ser uma experiência inolvidável, para além disso os movimentos firmes de vai e vém necessários para uma punheta gostosa dão também um envolvimento fantástico à coisa.
Caros amigos, imaginem agora substituir todas as palavras punheta por salada de bacalhau?! Tinha alguma graça’ Claro que não.

Pelo exposto sugiro a criação da liga de protecção dos broches e das punhetas, que tão mal tratadas têm sido pelo famoso lápis azul, mai nada.

Olha o Ovo...


No outro dia ia na rua e passei por um ovo cozido, estupefacto perguntei a mim mesmo, O que faz aqui um ovo cozido sozinho e com este calor? Dirigi-me ao ovo e perguntei: - Olha lá ó ovo, o que andas a fazer sozinho na rua? -Vou comprar uma abóbora para fazer doce, Respondeu o ovo - Mas, uma abóbora? Como é que tu vais levar a abóbora? - É pá não sei, mas também se não comprar a abóbora aproveito que estou na rua e vou cortar o cabelo. - ...! Cortar o cabelo?... Enquanto eu pensava nesta resposta completamente inesperada, e mal desfaço a esquina após ter controlado uma rotunda (como dizem os senhores guardas - O senhor controla ali a rotunda e depois destroce na xegunda à direita que é logo aí.). Mas como ia dizendo, mal desfaço a esquina (desfaço quer dizer, desfaço é uma força de expressão, porque força para desfazer a esquina é coisa que me falta), bem nisto dou de caras com um submarino nuclear. É verdade, um SUBMARINO NUCLEAR!!! -Olha lá ó submarino onde vais com tanta pressa, ainda magoas alguém? - É pá agora não tenho tempo, que quero ver se agarro o ovo cozido! - ?! - Sim pá, o ovo cozido. Estávamos a jogar poker e o gaijo fugiu com a massa toda. É pá eu tou doido, um ovo cozido? Um submarino nuclear? Bem daqui a bocado ainda me aparece aí o Herman ou algum gato fedorento a dizerem alguma coisa realmente com piada. Nã, antes que isso aconteça vou-me mas é embora, e vou depressa antes que o Bambe e o Snoope se pirem e depois não tenho com quem jogar à macaca.

terça-feira, março 28, 2006

Sorte?


A minha filha de 8 anos abordou-me no outro dia com uma dúvida existencial, própria da idade:
- Pai, encontrar uma ferradura é sinal de sorte de azar?
Perante esta questão eu próprio tive alguma dificuldade em dar uma resposta, tendo inclusive de ponderar bem a resposta a dar.
Parece que não, mas esta questão do encontrar é muito relativa, e isto já para não falar da sorte e do azar. Sim, porque nós portugueses somos peritos em transformar uma clara situação de azar em situações de sorte.
Ai e tal tive um acidente e parti uma perna. Eh pá que sorte podias ter partido as duas.
Olha, sabes o Jaquim?, levou com um piano em cima e partiu os dois braços, uma perna e ficou sem o baço. Bem ganda sorte, já viste que o gajo podia ter partido o pescoço, e ficar intrevado? Ou pior, podia ficar sem tintins (leia-se testículos).
Enfim, artistas portugueses, palavras para quê?
Bem, mas voltando à vaca fria, e aqui a faca não é importante só no sentido figurado, uma vez que se enquadra num conjunto de animais quadrúpedes, grupo este com um papel preponderante na explicação dada à minha filha, lembram-se da questão inicial? certo? Ferradura, sorte e azar?
Pois bem, após alguma análise e reflexão ao problema formulado (para quem não percebeu simplesmente dúvida), a resposta dada foi a universalmente aceite como resposta cientifica, isto é :
- Ó filha isso depende!
E depende porquê, perguntam vocês.
A questão, e agora é que vamos entrar no que se define como cerne da questão, é perceber que a sorte ou o azar, neste caso, dependem da forma como se encontra a ferradura.
Eu dou um exemplo:
- Um gajo vai a andar na rua e de repente encontra uma ferradura com a cabeça, é muito provável que aqui seja uma azar, pois o mais provável é que em conjunto com a ferradura tenha também encontrado um galo, ou um hematoma. Acresce ainda que existe a possibilidade real, de que anexado à ferradura venha também um casco, e aí o azar é ainda mais evidente, pois o mais provável é ter acabado de ser escoicinhado por um cavalo ou outro animal do género.
Outro exemplo:
- Vamos a andar na praia, descalços e damos um valente pontapé numa ferradura, mais uma vez é provável que para além de encontrar uma ferradura se tenha também partido um dedo. Ou seja, claramente azar.
Portanto e em resumo, apesar de ser aceite que a ferradura é sinónimo de sorte a realidade é que isso depende.
Isto inclusivamente faz-me lembrar de um amigo meu que, há não muito tempo encontrou sete facas no espaço de 2 minutos, o pior é que as encontrou com o peito, vai daí nunca mais achou nada.
Mas pronto, foi sorte podiam ter sido 8.
Mai nada.

Beatriz


A minha filha mais nova, 11 meses. Linda também.